... Palma, Jorge Palma

No Sábado dia 19 fui até ao Forum lisboa ter um encontro com Jorge Palma. Uma actuação desenvolvida para o equipamento da CM de Lx. O palco estava quase nu, Piano e pouco mais eram a leitura possível. Adivinhava--se um concerto mais solitário.
Confesso que gosto mais de registos de estúdio que ao vivo, mais de Banda que a solo. É como uma teia, em estúdio mais limpo e certinho; ao vivo e com banda com calor mas por vezes pouco rodado, sozinho liberdade.
O concerto foi meio meio, piano e depois a meias com o filho ( Castor ), ambos à guitarra. Senti a falta da bateria, e baixo. Para compensar este meu pouco amor pela actuação ao piano saborei o passar de novos e velhos clássicos que muito agradaram.
Os desenhos de luz do palco completaram a actuação de uma forma exemplar com belos efeitos.

... Le Mépris

Ao rever as cenas feitas no apartamento, quando o casal, Brigitte Bardot e Michel Piccoli, joga em metáforas a sua relação; encontrei aquilo que mais gosto no cinema: a arte de escrever em imagens. Ver sequências e pensar nas marcações que foram feitas. A criatividade da realização em ideializar planos longos e deixar os actores a circularem no espaço para os apanhar de uma forma natural. Os movimentos lentos em panorâmica com travelling.
Le Mépris é, para min, poesia escrita em imagens.

... Jack London

Acabei, por estes dias, uma leitura já feita: "Agência de Assassínios, LDA". A primeira leitura deu-se há mto tempo ... ficou um pouco da estória e o fascínio pela figura central deste livro - Ivan Dragomiloff.
Foi um delicioso acaso que me repôs na pista desta releitura. Num dia de gravações de uma das peças do "SMS" sobre livrarias, dei com ele na Buchholz. Como é um título fora de catálogo não é de fácil encontro, mesmo falando de alfarrabistas e feiras do livro; daí uma procura descomprometida de quem sabe que não sabe se vai encontrar. A rapariga que me atendeu pesquisou no computador, e ... esse título! acho que já o ví!

Um dos pontos que me deixa seduzido é a capa. Um carro antigo, tipo "Dona Elvira", partido em jogo de espelhos. Remetendo para um imaginário de Gangsters, mas que o fundo da imagem desmente. Uma envolvência de bairro antigo, com estrada em paralelos, casas baixas, ruas largas e com arvores de sombra.

A leitura ... essa fica para aventura de o procurar ...

... em estreia

Apanhado meio desprevenido, registei-me, e assumi um blog. Agora o problema da folha e branco. O que escrever? Como encher o espaço em branco com letras, mais palavras e levantar sentidos? A ver vamos se não vai ser mais um spot de cultivo de teias.